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Falsificação de correio electrónico como um serviço

Falsificação de correio electrónico como um serviço

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No mundo interligado actual, o correio electrónico é um instrumento de comunicação essencial tanto para empresas, governos, como para indivíduos. No entanto, o aumento da falsificação do correio electrónico como serviço tem realçado uma preocupação crescente com a segurança e integridade da comunicação por correio electrónico.

A falsificação de e-mail é o acto de enviar um e-mail com um endereço de remetente falso, fazendo-o parecer como se tivesse sido enviado por outra pessoa. Esta prática é frequentemente utilizada para fins maliciosos, tais como esquemas de phishing ou para distribuir malware. A spoofing-as-a-service leva esta prática ao nível seguinte, permitindo a qualquer pessoa enviar emails falsos com facilidade e anonimato.

Como funciona a spoofing-as-a-service por e-mail

Os fornecedores de spoofing-as-a-service oferecem normalmente uma interface baseada na web ou uma API que permite aos utilizadores criar e enviar e-mails spoofed. O serviço funciona forjando o endereço de correio electrónico "De", que é o endereço indicado na caixa de entrada do destinatário como remetente do correio electrónico.

Para enviar um e-mail falsificado, o utilizador introduz o endereço de e-mail que pretende que apareça como remetente, o endereço de e-mail do destinatário, o assunto do e-mail, e o conteúdo da mensagem. O serviço gera então a mensagem de correio electrónico e envia-a em nome do utilizador. O destinatário vê o endereço de correio electrónico do remetente falsificado na sua caixa de entrada, fazendo-o aparecer como se o correio electrónico tivesse sido enviado por outra pessoa.

Porque é que é perigoso?

O conceito de spoofing-as-a-service é simples: paga uma pequena taxa e tem acesso a uma ferramenta que lhe permite enviar e-mails a partir de qualquer endereço. O prestador de serviços trata dos detalhes técnicos da falsificação, por isso tudo o que precisa de fazer é introduzir um endereço de correio electrónico para o correio electrónico que deseja enviar.

É quase como enviar um e-mail do Gmail ou Outlook, mas em vez de utilizar a sua conta pessoal e o seu próprio endereço IP, utiliza o de outra pessoa - e as mensagens aparecem na sua caixa de entrada como se tivessem sido enviadas a partir de [e-mail protegido].

Os riscos da falsificação de correio electrónico como um serviço

A falsificação de e-mails como serviço representa um risco significativo para indivíduos, empresas, e governos. Permite aos atacantes fazer-se passar por indivíduos ou organizações de confiança, tornando mais fácil enganar os destinatários para que estes cliquem em ligações maliciosas ou forneçam informação sensível. Isto pode levar a violações de dados, perdas financeiras, e danos à reputação.

Além disso, o Email spoofing-as-a-service pode ser utilizado para ataques mais sofisticados, tais como esquemas de Business Email Compromise (BEC). Os esquemas BEC são uma forma de fraude de correio electrónico que visa empresas, envolvendo normalmente a imitação de executivos superiores, fornecedores, ou parceiros. O atacante envia um e-mail que parece ser de uma fonte de confiança, solicitando uma transferência bancária ou outra informação sensível. Este tipo de fraude tem custado às empresas milhares de milhões de dólares ao longo dos anos.

Prevenir a falsificação de e-mails como serviço

A prevenção da falsificação de correio eletrónico como serviço exige uma combinação de medidas técnicas e não técnicas. Uma das medidas técnicas mais eficazes é a utilização do Domain-based Message Authentication, Reporting, and Conformance (DMARC). O DMARC ajuda a evitar a falsificação de correio eletrónico, verificando se o endereço de correio eletrónico do remetente corresponde ao domínio do qual afirma ser originário.

Para além do DMARC, as organizações também podem implementar o Sender Policy Framework (SPF) e DomainKeys Identified Mail (DKIM) para autenticar o remetente de correio electrónico. Estes protocolos fornecem camadas adicionais de segurança, tornando mais difícil para os atacantes falsificar e-mails.

As medidas não técnicas incluem a educação e sensibilização dos utilizadores. Educar os funcionários e os utilizadores sobre os riscos da falsificação de correio eletrónico e sobre como reconhecer os e-mails de phishing pode ajudar a evitar ataques bem sucedidos. Também é importante estabelecer e aplicar políticas de correio eletrónico que exijam autenticação multifactor, palavras-passe fortes e alterações regulares da palavra-passe.

O medo crescente de ataques As-a-Service

Os ataques As-a-service são um tipo de ataque em que o hacker depende de um serviço fornecido pela organização alvo para obter acesso aos dados. Os ataques "As-a-service" mais comuns enquadram-se em duas categorias: ataques de cadeia de fornecimento e ataques de software como serviço (SaaS).

Em ataques na cadeia de abastecimento, um atacante utiliza um fornecedor comprometido ou um fornecedor de terceiros para obter acesso à rede da empresa alvo. Em ataques SaaS, um atacante utiliza aplicações SaaS legítimas fornecidas pela empresa alvo para obter acesso à sua rede.

Os ciberataques "As-a-service" podem ser realizados de várias maneiras. A técnica mais comum é a de infectar um computador com um computador com malware - alguns dos quais podem ter sido descarregados inconscientemente pelo utilizador - que permite aos hackers o acesso aos seus dados. Outro método envolve o hacking no software de contabilidade de uma organização, que pode então ser utilizado para roubar dinheiro das contas. Outro método envolve a exploração de vulnerabilidades em aplicações de terceiros, tais como aplicações de redes sociais como o Facebook e Twitter, ou mesmo clientes de e-mail como o Microsoft Outlook, ou através do envio de e-mails em massa falsificados bem escritos a partir de endereços falsificados. 

Conclusão

A falsificação de e-mails como serviço é uma preocupação crescente tanto para indivíduos, empresas, como para governos. Os atacantes podem utilizar este serviço para se fazerem passar por indivíduos ou organizações de confiança, levando a violações de dados, perdas financeiras, e danos à reputação. A prevenção da falsificação de correio electrónico como serviço requer uma combinação de medidas técnicas e não técnicas, incluindo a utilização dos protocolos DMARC, SPF, e DKIM, a educação e sensibilização dos utilizadores, e o estabelecimento de políticas de correio electrónico. Ao tomar estas medidas, as organizações podem ajudar a prevenir a falsificação de correio electrónico e proteger-se dos riscos associados a esta prática.

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